Governo de São Paulo estudará a descarbonização do transporte através de parceria firmada com a Suécia

22/09/2022 09:25 - Diário do Transporte

ARTHUR FERRARI

O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, iniciou em setembro uma parceria com o Swedfund, uma Instituição Financeira de Desenvolvimento da Suécia para investimentos sustentáveis em países em desenvolvimento, fundada em 1979, que financiará um estudo de R$ 3 milhões sobre o potencial de produção e uso do biogás e do biometano no estado.

Para Fernando Chucre, secretário da Pasta. “O convênio traz oportunidades importantes para São Paulo, considerando nosso potencial de geração de energia, especialmente por conta dos resíduos da produção de etanol, açúcar, lodo das estações de tratamento de esgoto e também dos aterros. Falamos de um potencial superior 10 milhões m³ por dia de produção”.

“Sabemos que temos uma parceria de interesse mútuo e estratégica. É uma honra fazer parte dessa jornada,”, completa Jonas Montpaz, representante da Embaixada da Suécia no Brasil.

O convênio que acabará em um levantamento de 9 meses de duração, deve avaliar o potencial para produção dos biocombustíveis a partir dos aterros sanitários, do lodo vindo das estações de tratamento de esgoto e do setor da cana-de-açúcar paulista e, em seguida, analisar a viabilidade de algumas aplicações, em especial na mobilidade com veículos pesados, visando a substituição do diesel, assim contribuindo para a descarbonização do transporte.

“É um momento especial, temos a oportunidade de firmar um acordo, que foi trabalhado por vários anos. O Governo da Suécia vai investir alguns milhões no Estado em uma parceria fundamental para nós,” diz Renato Pacheco, cônsul geral honorário da Suécia em São Paulo.

De acordo com o Governo do Estado, as estratégias para descarbonização fazem parte do Plano de Ação Climática coordenado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, que será apresentado durante a COP27 em novembro de 2022, no Egito.

“Temos uma possibilidade muito grande de utilização desses insumos para substituição da nossa matriz, especialmente de óleo diesel nos transportes públicos. Ao longo dos próximos nove meses a gente espera poder viabilizar e implementar o projeto,” comenta Chucre.

Arthur Ferrari, para o Diário do Transporte