Jovem morta atropelada na Marginal foi jogada a 49 metros, diz namorado

29/09/2015 07:45 - G1 SP / Folha de SP

O namorado de Luciellen da Silva, de 18 anos, afirmou que estava ao lado da jovem quando ela foi atropelada e morta pelo motorista de um Jetta na manhã deste domingo (27), em São Paulo. Segundo Kauê de Assis Cabral, o carro estava em alta velocidade, jogou a vítima 6 metros para cima e 49 metros para frente. "Fui puxar ela para o canto, e o carro acertou em cheio.”

O casal tinha parado no acostamento da Marginal Pinheiros, a 400 metros da Ponte João Dias, para ajudar um amigo que estava com problemas em outra moto. Quando encostavam, no sentido Interlagos, Luciellen foi atingida pelo carro.

O veículo, que era conduzido pelo estudante de engenharia Phelipe Elmões, de 25 anos, ficou com o vidro quebrado e a lataria amassada após o impacto.

O motorista foi detido logo após o atropelamento. No porta-malas do carro, foram encontradas garrafas de bebida e suplementos de vitamina. O teste do bafômetro confirmou que ele havia bebido.

Segundo um funcionário do 89º DP (Portal do Morumbi), onde o caso foi registrado, o bafômetro indicou 0,21 miligrama de álcool por litro de ar. Por estar alcoolizado, Phelipe Elmões foi indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar, mas irá responder ao processo em liberdade.

O padrasto de Luciellen esteve na delegacia. "A mãe de Luciellen está anestesiada. Quando a gente recebeu a notícia, entrou em desespero”, disse o cabeleireiro Sebastião Pinheiro. "Estou até agora sem acreditar.” A vítima faria 19 anos em outubro.

Folha de SP

Jovem de 18 anos morre após ser atropelada na marginal Pinheiros

Uma jovem de 18 anos morreu após ser atropelada no acostamento da marginal Pinheiros, na madrugada de domingo (27). Luciellen da Silva não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

O motorista, o técnico em engenharia civil Phelipe de Souza Frauches, 25, foi preso em flagrante. O acidente aconteceu próximo ao parque Burle Marx, no Morumbi (zona oeste de São Paulo), no sentido Interlagos.

O namorado da vítima, o manobrista Kauê de Assis, 19, afirma que os dois voltavam para casa, por volta das 5h40 de domingo, quando a motocicleta que ele dirigia apresentou um problema elétrico. Os dois desceram no acostamento, e ele começou a empurrar a moto. Luciellen andava ao lado esquerdo do namorado quando foi atingida. No momento da batida, o corpo da jovem foi arremessado a uma distância de 40 metros, contou o namorado à polícia.

Segundo o boletim de ocorrência registrado no 89º DP (Morumbi), os PMs que atenderam a ocorrência notaram que o motorista apresentava sinais de embriaguez. Duas garrafas de vodca e uma de uísque foram encontradas no porta-malas do carro.

Ele fez o teste do bafômetro, que indicou 0,25 miligrama de álcool por litro de ar, indicando que dirigia embriagado. Até 0,05 mg/L o motorista responde por infração gravíssima. Acima disso, o acidente é caracterizado como crime de trânsito.

No local do acidente havia uma marca de frenagem de oito metros, que indicaria que o motorista estava em alta velocidade quando atropelou a vítima.

O motorista foi preso em flagrante e deve responder por homicídio doloso qualificado. "Ao dirigir bêbado ele assumiu o risco de causar o acidente", explicou o delegado, Antônio Sucupira Neto.

COCHILO

O motorista Phelipe de Souza Frauches admitiu, em depoimento à polícia, que havia bebido antes de dirigir, mas negou que estivesse acima do limite de velocidade permitido no momento do acidente.

Ainda segundo o motorista, ele teria cochilado ao volante e acordou com o impacto da pancada que atingiu e matou Luciellen. A reportagem não conseguiu entrar em contato com a advogada do motorista.

A Polícia Civil fará uma perícia técnica para determinar se ele estava ou não em alta velocidade no momento da batida.