17/12/2018 08:00 - Diário do Transporte
JESSICA MARQUES
A mudança de nome de estações no Estado de São Paulo tem previsão de custar aproximadamente R$ 1 milhão à Companhia do Metropolitano, o Metrô, e quase R$ 900 mil à CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Em ambas as companhias, as mudanças de nomes foram feitas nos últimos dez anos, mas ainda não foram realizadas todas as alterações de sinalização necessárias para orientar os passageiros. As informações foram obtidas pelo Diário do Transporte via Lei de Acesso à Informação.
No caso do Metrô, a estação Liberdade, da Linha 1–Azul, teve o nome alterado para Japão-Liberdade em julho de 2018, após decreto assinado pelo governador de São Paulo, Márcio França, em 24 de julho.
Por sua vez, a estação Jardim São Paulo, da mesma linha, teve a nomenclatura alterada para Jardim São Paulo – Ayrton Senna em outubro de 2011.
Conforme informado pelo Metrô de São Paulo ao Diário do Transporte, por meio de Lei de Acesso à Informação, o custo aproximado para alteração é de R$ 1 milhão para troca e substituição dos seguintes materiais: “mapas da Região Metropolitana, do Transporte Metropolitano e das Linhas nas estações e nos trens do sistema; bem como as placas, marcos luminosos e totens dos acessos das estações”.
Em nota, a Companhia do Metropolitano de São Paulo informou que o nome da estação Japão-Liberdade já foi atualizado nos mapas das plataformas e nas estações de metrô. Os trabalhos estão previstos para serem concluídos em janeiro de 2019.
As mudanças de nome em ambas as estações ocorreram por meio de leis que foram aprovadas pela Assembleia Legislativa na época em que as mudanças ocorreram.
Confira a nota do Metrô de São Paulo na íntegra:
“O nome da estação Japão-Liberdade já foi atualizado nos mapas das plataformas e nas estações de metrô. As atualizações da sinalização no interior dos trens estão em andamento conforme o cronograma elaborado pela Companhia. A previsão é de que o trabalho seja concluído no próximo mês de janeiro. Na estação Jardim São Paulo – Ayrton Senna a alteração foi feita na época da mudança do nome, em 2011. Mudanças de nomes de estações acontecem por força de Lei aprovadas pela Assembleia Legislativa”.
MUDANÇAS NA CPTM
Apenas trens novos da Linha 10-Turquesa mostram nomes atualizados de estações. Foto: Adamo Bazani
As mudanças de nome foram realizadas em três estações da Linha 10 – Turquesa da CPTM nos últimos dez anos. A informação foi obtida pelo Diário do Transporte por meio da Lei de Acesso à Informação.
O trajeto da Linha 10 liga o ABC Paulista à cidade de São Paulo, partido de Rio Grande da Serra até o Brás, no centro da capital, passando pelas cidades de Ribeirão Pires, Mauá, Santo André e São Caetano do Sul.
Em 2013, a estação Ribeirão Pires foi renomeada para Ribeirão Pires – Antonio Baspalec, devido à Lei Nº 15.051, de 24 de junho do mesmo ano. Sancionado pelo governador da época, Geraldo Alckmin, o projeto é de autoria da então deputada estadual Vanessa Damo.
Neste caso, o custo aproximado de gastos com mão de obra e materiais para adequação à legislação foi de R$ 4.539,37, segundo a CPTM.
No ano seguinte, a Estação São Caetano teve o nome modificado para Estação “São Caetano do Sul – Prefeito Walter Braido”. O motivo foi a Lei Nº 15.623, de 19 de dezembro de 2014, também sancionada por Alckmin. O projeto de lei é de autoria do então deputado José Bittencourt.
Para a mudança, os gastos com mão de obra e materiais para adequação à legislação foram de R$ 3.593,91, ainda de acordo com o que foi informado pela CPTM.
Por fim, no próximo ano, foi a vez da Estação Mooca ter o nome modificado para Estação Juventus – Mooca. Desta vez, a Lei Nº 16.018, de 26 de novembro de 2015 também foi aprovada por Alckmin, após um projeto de lei de autoria do então deputado Carlão Pignatari.
Na época, o custo estimado de gastos com mão de obra e materiais para adequação à legislação foi de R$ 3.981,45.
A Companhia informou ao Diário do Transporte, também via Lei de Acesso à Informação, que “os custos para a atualização definitiva das informações, envolvendo a comunicação visual de trens e estações, serão de aproximadamente R$ 896 mil”.
“Cabe salientar que os mapas no site da CPTM e nos aplicativos oficiais disponibilizados já se encontram atualizados”, informou ainda a Companhia.
Em nota, a CPTM afirmou que o nome das estações da Linha 10-Turquesa já estão escritos da forma modificada em mapas e estações. No interior dos trens, porém, nem todos os carros estão com as informações atuais e não foi informado prazo para o fim da atualização.
“O nome das estações Ribeirão Pires, São Caetano e Mooca já foram atualizados nos mapas das plataformas e das estações da CPTM, com recursos do orçamento. As atualizações no interior dos trens estão em andamento conforme o cronograma previsto para a frota”, informou a CPTM, em nota.
Ao passar pelas estações, porém, é possível observar que os nomes ainda estão com a grafia anterior, sem os demais nomes que foram acrescentados após a sanção das leis.
MAIS MUDANÇAS
Os deputados do Estado de São Paulo ainda trazem na pauta sugestões de mudanças de nome para diversas estações da CPTM. O assunto foi colocado em discussão em outubro deste ano.
Relembre: Deputados querem mudar nomes de estações da CPTM
Em 2016, o deputado Luiz Fernando T. Ferreira apresentou o projeto de lei nº 43 para mudar o nome da Estação Água Branca da Linha 7 – Rubi da CPTM para “Estação Nacional – Água Branca”.
O projeto de 172, de 2006, do deputado Jorge Caruso, voltou à pauta, provavelmente para sair de maneira definitiva já que tinha sido vetado. A proposta quer alterar o nome da Estação Grajaú da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM para a “Estação Sebastião Zillig”.
Há projetos também para nomes de estações que não operam e que nem foram inauguradas.
O deputado Luiz Cláudio Marcolino apesentou em 2014 o projeto 1333 que denomina de “Santa Cabrini” uma das estações da extensão da linha 9 Esmeralda, que fica no Jardim São Bernardo Vila Natal, Distrito do Grajaú.
Já o deputado Marcos Neves, em 2011, propôs que a estação central de trem da CPTM em São Roque, passasse a se chamar “Estação São Roque: Recanto dos Imigrantes”.
Jessica Marques para o Diário do Transporte