29/07/2020 09:00 - Diário do Transporte
ADAMO BAZANI
A prefeitura de São Paulo pretende destinar R$ 83,2 milhões (R$ 83.232.695,73) para atingir a meta de reformar 50 km de corredores ou faixas exclusivas de ônibus. O dinheiro também inclui a manutenção de 50 paradas nestes espaços.
O dado foi publicado no Diário Oficial da cidade de São Paulo desta quarta-feira, 29 de julho de 2020, e faz parte da proposta de orçamento para o ano que vem, que será votada até dezembro pela Câmara Municipal.
A meta está inserida no PPA – Plano Plurianual de 2018-2021: “Implementar um sistema de transporte rápido, moderno e acessível para que possa se deslocar com qualidade pela cidade”.
Atualmente, são realizados serviços de tapa-buraco em faixas e corredores de ônibus compreendendo espaços Radial Leste e avenidas Celso Garcia, Belmira Marin, Interlagos, Engenheiro Armando de Arruda Pereira, Brigadeiro Luís Antônio, Santo Amaro, Washington Luiz, 23 de Maio e Senador Teotônio Vilela.
Relembre:
Especificamente esta meta não destaca a criação de novas faixas e corredores.
TROCA DE ASFALTO POR CONCRETO:
Como mostrou o Diário do Transporte, a SPTrans, gerenciadora dos transportes da cidade de São Paulo, homologou a contratação da JZ Engenharia e Comércio Ltda para substituir asfalto por concreto em paradas de ônibus localizadas fora de corredores.
As obras devem ser feitas em 12 meses e o contrato é de R$ 18,8 milhões (R$ 18.887.095,23).
O pavimento de concreto é mais indicado para tráfego de ônibus que o asfalto que não tem a mesma resistência para suportar o peso e as frenagens constantes deste tipo de veículo.
As intervenções contemplam as reformas de guias, sarjetas e calçadas.
Relembre:
Nesta quarta-feira, 29, a SPTrans publicou em Diário Oficial o extrato da contratação.
METAS MUDARAM E NOVAS CORREM RISCO:
A Prefeitura de São Paulo planejava para 2028 que a cidade tenha 565 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus.
Atualmente, a cidade tem em torno de 130 quilômetros de corredores em mais de 17 mil quilômetros de vias. A frota de ônibus é de pouco mais de 13 mil coletivos (sem contar efeitos da pandemia).
Quando começou a gestão, o então prefeito de São Paulo, hoje governador, João Doria, estipulou como meta 72 quilômetros até o fim de 2020.
Contudo, o prefeito Bruno Covas teve de rever a meta para apenas 9,4 quilômetros novos e 43,4 quilômetros de reformas em faixas e corredores já existentes.
Entretanto, até mesmo essa meta menor corre risco de não ser realizada principalmente por causa dos efeitos econômicos do coronavírus, que causa a Covid-19, doença que teve origem na China e se alastrou pelo mundo.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes