23/10/2018 14:00 - Alexandre Baldy
A violência do trânsito é uma mazela social. No Brasil, mais de 100 cidadãos são vítimas fatais. É como se um avião de grande porte caísse todos os dias.
Na esfera mundial, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que cerca de 1,25 milhão de pessoas morrem por ano. Desse total, cerca de 50 milhões têm sequelas. O trânsito é também é uma das dez causas de óbito. E, entre pessoas de 15 a 29 anos, a principal.
O slogan da Semana Nacional deste ano, “Nós somos o trânsito”, corrobora a necessidade de mudanças de atitudes. Acreditamos que a parceria na área da segurança viária é fundamental para que o país cumpra a meta de reduzir pela metade, num período de dez anos, o número de mortes, por meio do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no trânsito (Pnatrans).
Foi dada ao Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), que está sob a égide do Ministério das Cidades, a responsabilidade de conceber um plano que efetivamente reduza as mortes e as lesões.
Sem dúvida, uma ferramenta essencial. A mais importante que temos no combate a essas estatísticas. Para que, juntos, com uma ampla aliança, possamos chegar ao índice de zero de mortes.
Na prática, o Pnatrans é o Brasil cumprindo o seu papel na promoção da vida sustentável em sociedade, por meio de um trânsito seguro. Muito mais que aderir a um compromisso internacional, estamos assumindo a defesa de brasileiros e brasileiras, fazendo frente a essa triste realidade.
O Plano prevê metas a serem alcançadas e objetivos a serem concluídos por cada um dos estados e o Distrito Federal. Algo imprescindível à construção de uma sólida base de dados. Trata-se de uma ação efetiva, pautada na gestão transparente, feita de resultados, cuja elaboração envolve a participação conjunta dos órgãos de trânsito, transporte, saúde, justiça e educação.
Vivemos um momento único na história do país na promoção da segurança viária ao assumirmos o desafio de otimizar a gestão de trânsito em âmbito nacional. Não é mais admissível perdermos tantas vidas em acidentes que poderiam ser facilmente evitados.
Preservar vidas é responsabilidade de Estado e de seus parceiros. Vamos, então, poupar aquilo que é o nosso bem mais precioso, deixando, sem dúvida, um valoroso legado para a atual e as futuras gerações.
Alexandre Baldy - Ministro das Cidades