03/11/2015 11:00 - ANTP
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Imagine viver em uma cidade em que você não precise pensar em
utilizar o carro para se locomover. Essa será Helsinque, capital da Finlândia,
daqui a dez anos. Se você não quer esperar até 2025 para ver o resultado, pode
participar do seminário "Cidades a pé”, que acontece entre os dias 25 e 28
deste mês, em São Paulo. A diretora do Departamento de Planejamento Urbano de
Helsinque, Reetta Putkonen (foto), vai participar da mesa "Mobilidade a Pé e Saúde”,
no dia 26.
Reetta também é chefe da divisão de planejamento de transporte
e trânsito, área que conta com 70 especialistas trabalhando para um sistema de
transporte mais eficiente e democrático na capital finlandesa. "Nós não estamos
construindo uma Helsinque sem carros – isso não é possível”, disse ao The Guardian. "Mas nós vamos controlar onde os
carros estão e como eles são usados, então, teremos locais realmente agradáveis
para se andar, fáceis e rápidos para pedalar e transporte público altamente
eficiente”.
A ideia prevê aliar mobilidade à tecnologia. Todos os modais
oferecidos pela prefeitura serão interligados por meio do conceito Mobilidade
como um Serviço (Maas, na sigla em inglês), através de um aplicativo. "As
estratégias de nível urbano para Helsinque definem objetivos desafiadores para
densificação, divisão modular e efeitos sobre o meio ambiente. A meta é
melhorar condições para pedestres, ciclistas e transporte público”, explica
Reetta.
O projeto prevê um aplicativo que vai fornecer informações para os usuários,
calculando a maneira mais viável de se locomover e dispensando o uso do carro.
Trata-se, portanto, de uma plataforma com operadores de serviços de
transportes, com base nas melhores rotas, traçadas a partir do movimento do
trânsito em tempo real.
"Pedestres serão os reis e os ciclistas terão suas próprias
faixas. Nós ainda teremos carros – as pessoas precisam deles para transportar
mercadorias – mas as velocidades serão menores e não haverá tantos em
circulação. Nosso planejamento não deve ser baseado em carros e estacionamento.
Será um sistema em equilíbrio”, acrescenta Reetta, ao The Guardian.
Pós-graduada em engenharia civil pela Faculdade de Tecnologia
de Helsinque – Aalto University, ela começou a trabalhar na prefeitura de
Helsinque em fevereiro de 2014. Antes, atuou por mais de uma década na WSP, uma
consultoria global. Também é especialista em desenvolvimento desistemas para trânsito
urbano.
"Se os critérios de planejamento urbano levam em consideração
as pessoas quecaminham, a área acaba oferecendo oportunidades melhores para
negócios e qualidade de vida. E tendo isso em mente, os espaços urbanos
deveriam sempre ser avaliados em termos de quão atrativos são para os
pedestres”, conclui.
Além de Reetta, também fazem parte do painel "Mobilidade a Pé
e Saúde”: Paulo Saldiva (Faculdade de Medicina da USP), Renato Boareto e André
Ferreira (Instituto Energia e Meio Ambiente) e Lincon Paiva (Green
Mobility/Instituto Mobilidade Verde). A mesa será mediada por Marcos de Souza
(Mobilize).
As inscrições para o "Cidades a Pé” estão abertas e são gratuitas. Mais informações no site oficial do evento.
Realização: ANTP
Promoção/Patrocínio:World
Bank Group e GEF
Secretaria
Executiva: Comissão Técnica de Mobilidade a Pé e Acessibilidade da ANTP
Apoio
institucional na organização: SampaPé,
red OCARA, Corrida amiga e Pé de Igualdade
Execução: Conexão Cultural